MP here.
Como disse algures num post anterior traçar um percurso concreto que se aplique a todos os casos é muito difícil.
Até o nosso percurso esteve para ser bastante diferente. Em 2011 andava a responder a anúncios desde Portugal. Algo altamente desaconselhado em muitos sítios e quase ridicularizado noutros. Nesse ano voei de propósito de Portugal para cá para ir a 2 entrevistas com 2 empresas de sonho. A 1ª foi em Julho e foi depois de uma entrevista telefónica em Junho em que depois me ligaram a convidar para uma segunda nos escritórios deles...depois faço outro post para descrever o que é um escritório de sonho...foi uma entrevista de 5 horas com muitas simulações e role play. No final não consegui o emprego pois não tinha a UK working experience que precisavam para lidar com os clientes high profile que eles têm mas fui convidado a voltar quando um dia tivesse alguma dessa experiência pois tinha tudo o resto que eles procuravam.
"Pior" foi a 2ª entrevista em Novembro de 2011. Outra empresa enorme, com uma das maiores marcas mundialmente reconhecidas por trás, em que me chamaram aos escritórios deles em Surrey para uma "breve" entrevista de 2/3 horas numa sexta. Saí sem saber muito o que esperar mas na segunda-feira seguinte já de volta ao trabalho em Portugal ligaram-me e queriam-me. Iam enviar por email a proposta para começar daí a pouco mais de uma semana. Ainda negociei e ampliaram o prazo para começar daí a 3 semanas. Alteraram a proposta e reenviaram...Imprimi aquela proposta e devo-a ter lido centenas de vezes.
Ordenado razoável mas acima de tudo entrar numa empresa de topo com hipótese de adquirir uma experiência única e muito valiosa junto com benefícios únicos como por exemplos 2 voos grátis por ano na cª aérea da marca.
Porque declinei essa oferta?
Foi das piores decisões que já tive que tomar mas apesar de todas as promessas que o cargo trazia tive que muito friamente analisar todos os pontos e concluir que não era viável. Era tudo o que sempre procurei e recusei. Fizemos tantos cálculos, simulações de ganhos e gastos, análises e pesquisas que parecia um estudo cientifico. Chegamos à conclusão que não conseguíamos preparar tudo no tempo que tinha para começar a trabalhar e se tinha conseguido trabalho à "distancia" já alojamento não ia ser a mesma coisa e nas pesquisas não apareciam nem muitas opções nem muito dentro do valor máximo que pré-definimos.
Conclusão dessa recusa foi perceber o que precisava fazer se queria mesmo levar isto avante e então comecei a preparar a minha vinda e o resto é história e a maior parte dela já está por aqui espalhada.
Em suma dá para procurar emprego à distância e responder a anúncios mas têm que estar não só preparados para viajar para uma entrevista como também para a possibilidade de ficarem com o emprego. Por mais óbvio que possa parecer convém ter também isso em atenção e não só quando se responde a anúncios à distância mas também quando já se cá está...
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Como disse algures num post anterior traçar um percurso concreto que se aplique a todos os casos é muito difícil.
Até o nosso percurso esteve para ser bastante diferente. Em 2011 andava a responder a anúncios desde Portugal. Algo altamente desaconselhado em muitos sítios e quase ridicularizado noutros. Nesse ano voei de propósito de Portugal para cá para ir a 2 entrevistas com 2 empresas de sonho. A 1ª foi em Julho e foi depois de uma entrevista telefónica em Junho em que depois me ligaram a convidar para uma segunda nos escritórios deles...depois faço outro post para descrever o que é um escritório de sonho...foi uma entrevista de 5 horas com muitas simulações e role play. No final não consegui o emprego pois não tinha a UK working experience que precisavam para lidar com os clientes high profile que eles têm mas fui convidado a voltar quando um dia tivesse alguma dessa experiência pois tinha tudo o resto que eles procuravam.
"Pior" foi a 2ª entrevista em Novembro de 2011. Outra empresa enorme, com uma das maiores marcas mundialmente reconhecidas por trás, em que me chamaram aos escritórios deles em Surrey para uma "breve" entrevista de 2/3 horas numa sexta. Saí sem saber muito o que esperar mas na segunda-feira seguinte já de volta ao trabalho em Portugal ligaram-me e queriam-me. Iam enviar por email a proposta para começar daí a pouco mais de uma semana. Ainda negociei e ampliaram o prazo para começar daí a 3 semanas. Alteraram a proposta e reenviaram...Imprimi aquela proposta e devo-a ter lido centenas de vezes.
Ordenado razoável mas acima de tudo entrar numa empresa de topo com hipótese de adquirir uma experiência única e muito valiosa junto com benefícios únicos como por exemplos 2 voos grátis por ano na cª aérea da marca.
Porque declinei essa oferta?
Foi das piores decisões que já tive que tomar mas apesar de todas as promessas que o cargo trazia tive que muito friamente analisar todos os pontos e concluir que não era viável. Era tudo o que sempre procurei e recusei. Fizemos tantos cálculos, simulações de ganhos e gastos, análises e pesquisas que parecia um estudo cientifico. Chegamos à conclusão que não conseguíamos preparar tudo no tempo que tinha para começar a trabalhar e se tinha conseguido trabalho à "distancia" já alojamento não ia ser a mesma coisa e nas pesquisas não apareciam nem muitas opções nem muito dentro do valor máximo que pré-definimos.
Conclusão dessa recusa foi perceber o que precisava fazer se queria mesmo levar isto avante e então comecei a preparar a minha vinda e o resto é história e a maior parte dela já está por aqui espalhada.
Em suma dá para procurar emprego à distância e responder a anúncios mas têm que estar não só preparados para viajar para uma entrevista como também para a possibilidade de ficarem com o emprego. Por mais óbvio que possa parecer convém ter também isso em atenção e não só quando se responde a anúncios à distância mas também quando já se cá está...